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sábado, novembro 23, 2013


CONVITE

Caros amigos,
É com muita alegria – e com uma imensa sensação de alívio! rsrsrs - que quero convidar a todos vocês que tem acompanhando a minha trajetória, para participarem da Sessão de DEFESA DE DISSERTAÇÂO minha autoria, a se realizar no dia 04 de DEZEMBRO de 2013, às 14h, no Auditório do Núcleo de Pós Graduação da UCSAL – Campus Federação.
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O trabalho, intitulado “A EDUCAÇÂO E A CONSTRUÇÃO DA CIDADANIA NA ESCOLA: uma análise da legislação educacional do Brasil e da Argentina e da sua contribuição para o fortalecimento da cidadania no MERCOSUL”, é resultado da pesquisa desenvolvida em 2013, no Brasil e na Argentina, para composição do trabalho de conclusão do MESTRADO em POLÍTICAS SOCIAIS E CIDADANIA orientado pela P.h.d. Kátia Siqueira de Freitas, e avaliado pelos Drs. José Claudio Rocha e Márcia Esteves Calazans.

Disponibilizo abaixo o Resumo da Pesquisa. Os que se interessarem, podem dar uma olhada ou entrar em contato comigo, que lhes fornecerei outros dados, ok?

E aos que puderem comparecer, saibam que me sentirei muito honrada com a presença e com o apoio de vocês!

Um grandíssimo abraço!
Janaína Muniz
RESUMO

 

A pesquisa discute a Educação e a construção da cidadania em dois países do eixo MERCOSUL. Concebendo a Escola como espaço de formação por excelência e a Cidadania como pressuposto para afirmação de direitos no Estado Democrático, a mesma se propôs investigar a contribuição da legislação educacional do Brasil e da Argentina para o fortalecimento da cidadania democrática. Com o escopo de identificar na normativa educacional em vigor a presença de diretrizes que apontassem para a necessidade de a Educação escolar básica proporcionar ao indivíduo em formação o conhecimento e apropriação dos fundamentos do Estado, dos valores democráticos e dos direitos e deveres do cidadão, o trabalho combinou as pesquisas bibliográfica e documental, durante as quais foram analisadas as constituições nacionais, as leis federais (Lei 9.394/96, Brasil, e 26.206/2006, Argentina) e as normas estaduais da Educação. Com o intuito de verificar, pois, a manifestação destas diretrizes nas matrizes curriculares adotadas pelas instituições escolares, foram examinados os programas de ensino traçadospor duas escolas públicas em cada um dos países pesquisados, no ano de 2013. Os dados levantados foram categorizados e contrastivamente analisados, juntamente com os depoimentos de professores, gestores e representantes dos departamentos curriculares dos órgãos estaduais e federais da Educação destes países. A partir desta investigação constatou-se que a contribuição da legislação educacional para o fortalecimento da cidadania está intimamente relacionada à extensão da proposta curricular estabelecida naquelas, posto que tal normativa constitui os parâmetros que orientam as propostas pedagógicas e os programas de ensino elaborados no contexto das escolas pesquisadas. Do exame da matriz curricular argentina foi possível notar a presença de diretrizes que apontam nesta direção. Ao lado das áreas de conhecimento tradicionais, o componente curricular identificado como “Formação Ética e cidadã”, de presença obrigatória em todos os ciclos da educação secundária no país, elenca os saberes essenciais ao exercício da cidadania democrática entre os conteúdos que devem ser transmitidos em sala de aula. Não se identificou, por sua vez, na Base Nacional Comum brasileira um espaço curricular no qual as questões da cidadania fossem ensinadas ou mesmo discutidas. Logo, ao contrário da Argentina, verificou-se ali a prevalência de uma matriz curricular que prioriza o ensino de disciplinas tradicionais em detrimento da tratativa destas temáticas – o que levou à conclusão de que a Escola, no Brasil, ainda não dispõe das ferramentas necessárias para que o seu papel de capacitar o indivíduo para o exercício da cidadania se materialize. Diante das discussões realizadas, portanto, o estudo, que trouxe à balia questões relacionadas ao papel da escola pública e a atualidade do currículo escolar, pretende contribuir para reflexões sobre a necessidade de uma rediscussão e aperfeiçoamento das matrizes curriculares destes países, no sentido de que as mesmas possam potencializar a formação social e política do cidadão em perspectiva, tornando-se, assim, mais condizentes com os princípios e valores do Estado Democrático.

 

Palavras-chaves: Educação; Cidadania; Legislação Educacional; Cidadania Democrática; MERCOSUL.

 

domingo, maio 26, 2013



Eu sempre me emociono quando ele entra no ônibus. Todas as vezes. Hoje, especificamente, acho que saí de casa para ouvi-lo. Ele chega sorridente e com uma sanfona pequena, dessas de oito - baixos. O instrumento já está bem usado, velho, mas ainda conserva a capacidade de arrancar sorrisos ao abrir e fechar do fole. A sanfona está desafinada, mas ninguém se atenta muito a isso, todos querem é ouvi-lo tocar. Ele canta um forró-pé-serra. Desses bem tradicionais. Canta A volta da asa branca, A vida do viajante, Boiadeiro. É emocionante quando ele canta: “mas Assum Preto, cego dos óio, num vendo a luz, ai, canta de dor”. Ele também não enxerga. Ele vê e sente o mundo pelo tocar de sua sanfona. E talvez seu canto seja de dor. Mas, cantando, faz os outros enxergarem um mundo mais bonito. Um mundo mais leve. Ele canta para receber uns trocados. Não. Acho que ele canta para melhorar sua vida. Para fazer passar sua dor. A dele e a dos outros. Ele canta para pincelar poesia ao seu redor. E o que se vê é assim: um homem tocando, os sorrisos se abrindo, o bater dos pés no ritmo da música, algumas vozes tímidas acompanhando o canto e as almas se cobrindo de encanto e paz.  É bonito ver como as pessoas o recebem bem... motorista, cobrador... passageiros. Tudo fica melhor com ele ali... tocando sua sanfoninha desafinada, com sua voz cansada, com suas roupas já gastas.
Meu querido senhorzinho, eu não sei o seu nome, mas agradeço pelo momento encantador que o senhor me ofereceu hoje. Agradeço por seu talento, por seu sorriso, pela música, pela perseverança e coragem. Mas, sobretudo, agradeço por me fazer perceber o quão bela é a simplicidade da vida. Espero que o senhor tenha muitos anos de vida. E que ainda possa fazer melhor o dia de muitas pessoas, como fez melhor o meu dia. Que a poesia sempre esteja presente na sua vida e no seu cantar. Que seu canto de simplicidade e alegria ecoe por todos os espaços vazios... dentro e fora de nós. Um forte abraço.
Salvador, Maio de 2013.

terça-feira, fevereiro 19, 2013

Cruz das Almas, 12 de fevereiro de 2013

Eu tinha decidido passar o carnaval em Salvador para adiantar umas atividades da faculdade. Mas o coração balançou de saudade e decidi, segunda à noite, viajar para minha cidade, ver minha mãe e passar o feriado em casa. Bom, preciso dizer que foi uma excelente ideia.
Cheguei à noite e vi o quão vazia estava a cidade. Terça-feira pela manhã, tive a certeza que apenas minha mãe, meu pai, minha tia e eu tínhamos ficado na cidade. Engano. Minha mãe disse: - Hoje vai ter um "triozinho" na praça; Teve no domingo e vai ter hoje de novo. Logo decidimos que quando a fanfarra passasse pela nossa rua, iríamos prestigiar. Fizemos mais que isso. Acompanhamos a banda. Foi um verdadeiro espetáculo. Vi um trio bem pequeno tocando marchinhas antigas, vi um povo lindo dançando, esquecendo suas mágoas. Vi Meire e as muitas vozes que dentro dela habitam, todas numa harmonia ímpar. Brincavam todas: ela e as outras dela. Vi seu João animar-se em sua cadeira de rodas quando aquele singelo carnaval passou em sua porta. Vi muitos acenos nas portas de casas simples. Ouvi Chiquita bacana, Aurora, Ô abre alas, Mamãe eu quero e tantas outras. Vi uma festa feita pelo povo, para o povo, sem cordas, sem cobranças absurdas, sem violência. Ali todos tinham direito de brincar, de dançar, se divertir. Os sorrisos eram sinceros, os abraços calorosos, as serpentinas e confetes alegravam a comemoração daquele momento. Não havia os que pagavam mais e os que pagavam menos. Não havia direitos negados, nem havia segregação por motivos quaisquer. Todos eram azuis, vermelhos, laranjas. Precisava-se apenas de alegria para estar ali no “bloco dos que não foram”. E como foi bonito ver o grupo crescer. As pessoas começarem a acompanhar o cortejo. Todos saíam na porta para receber de coração tão aberto aquele momento de fantasia. E isso me fez lembrar a poesia de Chico: “A minha gente sofrida despediu-se da dor pra ver a banda passar”. Mas era mais que a passagem da banda: era um convite à alegria, eram sorrisos abertos e mãos estendidas: “- Vem virar pierrot! Vem ser o quiser ser!”. As crianças? Ah, essas fizeram uma festejo peculiar. Lindo vê-las se divertindo tão inocentemente. Tão lindo vê-las fantasiadas, sorrindo, pulando o carnaval. Foi tão especial ver meu povo dançando e cantando feliz. Ver minha mãe divertir-se, reencontrar amigos, cantar as canções de “seu tempo”. Encantador ver alegria manifestar-se sem violência, sem agressão a mulher, sem divisão de classes, sem exclusão.
Então, fiquei pensando: todo carnaval deveria ser assim. Apenas a expressão da alegria. Uma alegria distante da violência e longe do poder maldoso e destruidor do dinheiro. Todo carnaval deveria ser um momento de comemorar junto, de sorrir da vida e para a vida. Todo carnaval deveria servir para mostrar a todos o que me mostrou hoje: mostrar que alegria não tem idade, nem cor, nem depende da sua conta bancária. Mostrar que alegria deve ser compartilhada, que a dança liberta e engrandece. Foi uma bela terça de carnaval. Espero poder vivê-la mais vezes. E que seja sempre assim. Um misto de força e alegria. A expressão de um povo forte e que sabe sorrir, que sabe driblar os problemas da vida. Ouvi dizer que ano que vem o carnaval da minha cidadezinha vai crescer. Ah, espero que não. Espero que ela continue assim: pequeno e digno de todos.
Foi um ótimo carnaval. Deixou saudade.


Erika Correia

segunda-feira, setembro 12, 2011

Está faltando “BRASIL” no Miss Universo


Os Estados Brasileiros se apresentam... Já dizia a clássica canção de abertura do Concurso Miss Brasil... Mas será mesmo que os "Estados Brasileiros" se apresentam durante esta disputa "pré-fabricada" para oferecer ao mundo uma "beleza" que historicamente brasileiros e brasileiras vêm tentado recriar para servir aos velhos padrões europeus empoeirados?


Em pleno século XXI, quando já dotados de autonomia e independência nacional, é estranho notar até onde vai a nossa capacidade de renunciarmos às nossas identidades e raízes, para nos sujeitarmos aos padrões instituídos por povos vazios de diversidade. E isso toca diretamente os referenciais e estereótipos de beleza que enaltecemos até hoje.


É difícil admitir como em um Brasil distinguido pela sua miscigenação - onde a região Norte é fortemente marcada pela presença indígena, a região Nordeste lindamente influenciada pela cultura e beleza negra, e onde em todo o país é possível contemplar as mais belas e exóticas misturas -, quando se fala em eleger o que de fato temos de mais belo, nossos traços físicos mais robustos são deixados de lado para ceder espaço às "belezas" sem COR e sem CURVAS.


Ora, é claro que não estou aqui ignorando a beleza Branca; absolutamente. Dentro dos traços que lhes são peculiares, pra mim é inquestionável a beleza que há nas "bem-aventuradas" pelos belos rostos, pelos lindos olhos verdes e pela límpida tez clara. O que é absolutamente questionável, por sua vez, é a ausência de "Brasil" nos últimos concursos Miss Universo. É claro que se considerarmos a ausência de "beleza brasileira" nos concursos Miss Brasil, nada mais natural que as nossas representantes no concurso mundial sejam apenas "mais uma" num emaranhado de belas mulheres, não é? Enfim, nada de novo; nada de diferente.


Pois bem. Sabe que eu acho que a beleza que vemos circulando nas praias do Rio de Janeiro não deve existir mais? Ou no mínimo, Tom Jobim estava enganado, e "moça do corpo dourado" já não faz mais tanto sucesso. O bronzeado proporcionado por nossas praias não fazem mais a diferença no corpo das nossas mulheres, ao que parece. Ele até já deixou até de ser marca da mulher brasileira! Pelo visto, até na Bahia de Caetano, os "caracóis dos seus cabelos" já não têm mais "histórias pra contar". Vejam que nem mesmo a BAHIA, seleiro da beleza afro-brasileira, consegue oferecer uma Miss Negra ao país! É, caros espectadores... Na situação em que estamos, até "mulatinha", "moreninha", ou "meio tom" estava servindo... Mas nem isso a gente consegue produzir...


Mas tudo bem; vamos deixar esse papo pra lá. Já está mais do que claro que "peito" e "bunda" não entram mais na lista dos nossos jurados, e que definitivamente, já era hora de embranquecermos os nossos concursos. Então deixem eu me reduzi r à minha insignificância, "modernizar" os meus velhos e defasados conceitos de beleza, e desligar o meu televisor antes que ele me influencie dar "chapinha nos cabelos" e tentar um "branqueamento artificial"desses aí...


E só pra não dizer que eu não dei meu voto, esse ano minha torcida foi para a China - que não abriu mão dos olhinhos puxados da sua escolhida; para a Colômbia - que mais uma vez trouxe a beleza latina pros palcos, e para Angola, que mostrou para o mundo o quanto a Beleza Negra merece ser reverenciada.


E viva a todos aqueles que entendem a beleza sem abrir mão de sua identidade!


Janaína Muniz

sexta-feira, novembro 12, 2010

Talvez alguns de vocês tenham acompanhado os últimos e-mails e postagens a respeito de nordestinos através da mídia eletrônica. Talvez alguns tenham se divertido com as agressões enquanto outros têm repudiado as últimas práticas racistas, indignas e vergonhosas cometidas por alguns que, equivocadamente se julgam "brasileiros".

Neste contexto, dispensando qualquer comentário, uma resposta que tem circulado na internet, postada pelo Teologo José Barbosa Junio, foi o que de fato enalteceu as discussões, críticas e embates a respeito do assunto. Por isso, faço questão de inteirar-lhes a respeito.

Nada como a paz e o conforto ideológico que este texto me troxe... vejam:


José Barbosa Junior nasceu em Teresópolis-RJ em 29/12/1970.É convertido ao Evangelho desde março de 1987.É estudante de Teologia no Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil, onde também reside.É palestrante e pregador, além de músico e letrista.Desde 2004 é escritor e editor do site www.crerepensar.com.br Contatos com José Barbosa Junior:junior@crerepensar.com.br Este endereço de e-mail está sendo protegido de spam, você precisa de Javascript habilitado para vê-lo.

Calem a boca, nordestinos! Por José Barbosa Junior  

A eleição de Dilma Rousseff trouxe à tona, entre muitas outras coisas, o que há de pior no Brasil em relação aos preconceitos. Sejam eles religiosos, partidários, regionais, foram lançados à luz de maneira violenta, sádica e contraditória. Já escrevi sobre os preconceitos religiosos em outros textos e a cada dia me envergonho mais do povo que se diz evangélico (do qual faço parte) e dos pilantras profissionais de púlpito, como Silas Malafaia, Renê Terra Nova e outros, que se venderam de forma absurda aos seus candidatos. E que fique bem claro: não os cito por terem apoiado o Serra… outros pastores se venderam vergonhosamente para apoiarem a candidata petista. A luta pelo poder ainda é a maior no meio do baixo-evangelicismo brasileiro. Mas o que me motivou a escrever este texto foi a celeuma causada na internet, que extrapolou a rede mundial de computadores, pelas declarações da paulista, estudante de Direito, Mayara Petruso, alavancada por uma declaração no twitter: "Nordestino não é gente. Faça um favor a SP, mate um nordestino afogado!". Infelizmente, Mayara não foi a única. Vários outros "brasileiros" também passaram a agredir os nordestinos, revoltados com o resultado final das eleições, que elegeu a primeira mulher presidentE ou presidentA (sim, fui corrigido por muitos e convencido pelos "amigos" Houaiss e Aurélio) do nosso país. E fiquei a pensar nas verdades ditas por estes jovens, tão emocionados em suas declarações contra os nordestinos. Eles têm razão! Os nordestinos devem ficar quietos! Cale a boca, povo do Nordeste! Que coisas boas vocês têm para oferecer ao resto do país? Ou vocês pensam que são os bons só porque deram à literatura brasileira nomes como o do alagoano Graciliano Ramos, dos paraibanos Augusto dos Anjos, José Lins do Rego e Ariano Suassuna, dos pernambucanos João Cabral de Melo Neto e Manuel Bandeira, ou então dos cearenses José de Alencar e a maravilhosa Rachel de Queiroz? Só porque o Maranhão nos deu Gonçalves Dias, Aluisio Azevedo, Arthur Azevedo, Ferreira Gullar, José Louzeiro e Josué Montello, e o Ceará nos presenteou com José de Alencar e Patativa do Assaré e a Bahia em seus encantos nos deu como herança Jorge Amado, vocês pensam que podem tudo? Isso sem falar no humor brasileiro, de quem sugamos de vocês os talentos do genial Chico Anysio, do eterno trapalhão Renato Aragão, de Tom Cavalcante e até mesmo do palhaço Tiririca, que foi eleito o deputado federal mais votado pelos… pasmem… PAULISTAS!!! E já que está na moda o cinema brasileiro, ainda poderia falar de atores como os cearenses José Wilker, Luiza Tomé, Milton Moraes e Emiliano Queiróz, o inesquecível Dirceu Borboleta, ou ainda do paraibano José Dumont ou de Marco Nanini, pernambucano. Ah! E ainda os baianos Lázaro Ramos e Wagner Moura, que será eternizado pelo "carioca" Capitão Nascimento, de Tropa de Elite, 1 e 2.

Música? Não, vocês nordestinos não poderiam ter coisa boa a nos oferecer, povo analfabeto e sem cultura… Ou pensam que teremos que aceitar vocês por causa da aterradora simplicidade e majestade de Luiz Gonzaga, o rei do baião? Ou das lindas canções de Nando Cordel e dos seus conterrâneos pernambucanos Alceu Valença, Dominguinhos, Geraldo Azevedo e Lenine? Isso sem falar nos paraibanos Zé e Elba Ramalho e do cearense Fagner… E Não poderia deixar de lembrar também de Caetano, Gil, Gal, Maria Betânia, da genial família Caymmi e suas melodias doces e baianas a embalar dias e noites repletas de poesia…

Ah! Nordestinos… Além de tudo isso, vocês ainda resistiram à escravatura? E foi daí que nasceu o mais famoso quilombo, símbolo da resistência dos negros á força opressora do branco que sabe o que é melhor para o nosso país? Por que vocês foram nos dar Zumbi dos Palmares? Só para marcar mais um ponto na sofrida e linda história do seu povo? Um conselho, pobres nordestinos. Vocês deveriam aprender conosco, povo civilizado do sul e sudeste do Brasil. Nós, sim, temos coisas boas a lhes ensinar. Por que não aprendem conosco os batidões do funk carioca? Deveriam aprender e ver as suas meninas dançarem até o chão, sendo carinhosamente chamadas de "cachorras". Além disso, deveriam aprender também muito da poesia estética e musical de Tati Quebra-Barraco, Latino e Kelly Key. Sim, porque melhor que a asa branca bater asas e voar, é ter festa no apê e rolar bundalelê!

Por que não aprendem do pagode gostoso de Netinho de Paula? E ainda poderiam levar suas meninas para "um dia de princesa" (se não apanharem no caminho)! Ou então o rock melódico e poético de Supla! Vocês adorariam!!! Mas se não quiserem, podemos pedir ao pessoal aqui do lado, do Mato Grosso do Sul, que lhes exporte o sertanejo universitário… coisa da melhor qualidade! Ah! E sem falar numa coisa que vocês tem que aprender conosco, povo civilizado, branco e intelectualizado: explorar bem o trabalho infantil! Vocês não sabem, mas na verdade não está em jogo se é ou não trabalho infantil (isso pouco vale pra justiça), o que importa mesmo é o QUANTO esse trabalho infantil vai render. Ou vocês não perceberam ainda que suas crianças não podem trabalhar nas plantações, nas roças, etc. porque isso as afasta da escola e é um trabalho horroroso e sujo, mas na verdade, é porque ganha pouco.

Bom mesmo é a menina deixar de estudar pra ser modelo e sustentar os pais, ou ser atriz mirim ou cantora e ter a sua vida totalmente modificada, mesmo que não tenha estrutura psicológica pra isso… mas o que importa mesmo é que vão encher o bolso e nunca precisarão de Bolsa-família, daí, é fácil criticar quem precisa! Minha mensagem então é essa: – Calem a boca, nordestinos! Calem a boca, porque vocês não precisam se rebaixar e tentar responder a tantos absurdos de gente que não entende o que é, mesmo sendo abandonado por tantos anos pelo próprio país, vocês tirarem tanta beleza e poesia das mãos calejadas e das peles ressecadas de sol a sol.

Calem a boca, e deixem quem não tem nada pra dizer jogar suas palavras ao vento. Não deixem que isso os tire de sua posição majestosa na construção desse povo maravilhoso, de tantas cores, sotaques, religiões e gentes. Calem a boca, porque a história desse país responderá por si mesma a importância e a contribuição que vocês nos legaram, seja na literatura, na música, nas artes cênicas ou em quaisquer situações em que a força do seu povo falou mais alto e fez valer a máxima do escritor: "O sertanejo é, antes de tudo, um forte!"

Que o Deus de todos os povos, raças, tribos e nações, os abençoe, queridos irmãos nordestinos!

quinta-feira, outubro 21, 2010

Pra quem gosta de boa música...

Olá meus amores!

Pra os que gostam de boa música e curtem ouví-las enquanto estão na net, trago um presentaço pra v6!
A Rádio Alfa! 24 horas no ar!
Ideal para ouvidos sedentos de música de qualidade!
Recomendo!

http://azevedomidia.blogspot.com/


Beijos mil!